1- Sistema anaeróbico láctico (sem oxigênio):
Menos eficiente, produz ácido lático, adiantando a fadiga muscular. Nada adiantará termos um atleta extremamente veloz no futebol que consiga dar apenas alguns sprints, sendo logo vencido pela fadiga e pela falta de adaptação às exigências específicas do esporte.
Com isso fica clara a importância do treinamento anaeróbio para o desempenho de jogadores de futebol, uma vez que a intensidade de trabalho destes atletas durante uma partida pode diminuir e até mesmo ser interrompida quando houver uma grande concentração de lactato. A principal fonte de energia desse sistema é o carboidrato.
2- Tempo de duração:
Alta intensidade: os primeiros 10 minutos de recuperação ativa causam maior redução de ácido lático. Fornece a maior parte da energia, demandando grandes picos de velocidade ou resistência, com duração de até 10 segundos. O denominador comum dessas atividades é a sustentação de esforço de alta intensidade com duração de 1-2 minutos.
3- Fisiologia desta fonte (como é liberada):
Diversas indicações claras de esforço anaeróbico são dificuldade para respirar, ou dificuldade de sustentar o esforço. A glicólise é a responsável por gerar energia partindo de uma molécula de glicose que ocorre no citosol da mitocôndria. É crucial em atividades físicas que exigem um esforço máximo com duração de até 90 segundos. A molécula de glicose fica localizada no líquido extracelular adjacente para ser transportada para através da membrana plasmática da célula. Uma família de cinco proteínas, denominadas coletivamente transportadores facilitativos da glicose, medeia esse processo de difusão facilitada. As fibras musculares e os adipócitos contém um transportador que depende da insulina conhecido como GLUT 4. Este transportador pode tanto responder a insulina quanto a atividade física (assim independendo da insulina) e migra das vesículas existentes dentro da célula para a membrana plasmática, com isso facilitando o transporte da glicose para o citoplasma celular, onde será catabolizada até formar ATP. No exercício vigoroso, quando as demandas energéticas ultrapassam tanto o suprimento de oxigênio quanto seu ritmo de utilização, a cadeia respiratória não consegue processar todo o hidrogênio ligado ao NADH. Para que a glicose anaeróbica continue é preciso liberar NAD+, com isso o piruvato recolhe os dois pares de hidrogênio do NADH temporariamente, formando lactato. A formação de lactato requer uma etapa adicional, catalisada pela enzima desidrogenase lática, numa reação reversível.
Depois que o lactato é formado, difunde-se para o espaço intersticial e o sangue para ser tamponado e removido do local do metabolismo energético. Dessa forma a glicólise continua fornecendo energia anaeróbica para a síntese do ATP. Essa via para a energia extra continua sendo temporária, pois os níveis sanguíneo e muscular de lactato aumentam e a regeneração do ATP não consegue acompanhar seu ritmo de utilização, instalando-se a fadiga e reduzindo o desempenho nos exercícios.
A via glicolítica é regulada por três fatores: As concentrações das enzimas glicolíticas-chave (hexocinase, fosfofrutocinase e piruvato cinase), os níveis do substrato frutose 1,6-difosfato e o oxigênio, o qual, em grandes quantidades, inibi a glicólise. O nível de atividade da enzima fosfofrutocinase (PFK) limita provavelmente o ritmo da glicólise durante um exercício com esforço máximo, por este motivo elas existem em maior número nas fibras de contração rápida (tipo II).
O ciclo de Coriocorre no fígado e no rim e oxida os esqueletos de carbono das moléculas de piruvato (que eram lactato) para a obtenção de energia ou são sintetizados para glicose (gliconeogênese). O ciclo de Cori não remove apenas o lactato, mas o utiliza também para reabastecer as reservas de glicogênio depletadas no exercício intenso. Este processo gliconeogênico ajuda a manter as reservas de carboidratos do organismo.
No fígado, as enzimas glicogênio fosforilase tornam-se inativas após uma refeição, enquanto a atividade de glicogênio sintetase aumenta para facilitar o armazenamento da glicose obtida do alimento. Inversamente, entre as refeições, quando as reservas de glicogênio sofrem uma redução, a fosforilase hepática torna-se ativa (depleção concomitante da atividade de glicogênio sintetase) para manter a estabilidade na glicose sanguínea a ser utilizada pelos tecidos corporais. A adrenalina (epinefrina) acelera o ritmo com que a fosforilase cliva um componente da glicose de cada vez e os separa da molécula de glicogênio (cascata da glicogenólise). Assim sendo, a atividade da fosforilase continua sendo mais ativa durante o exercício mais intenso, quando a atividade simpática aumenta e os carboidratos representam o combustível ideal.
4- Quais esportes utilizam mais:
Exemplos de atividades anaeróbicas incluem treinamento com pesos, arrancadas, saltos, treinos de intervalo, treinamento em várias velocidades ou com passo constante. A capacidade anaeróbia bem treinada estabelece ao futebolista uma base funcional para o aperfeiçoamento de diversos aspectos, mas principalmente o deixará mais adaptado às ações e exigências do futebol e com uma maior tolerância à fadiga. Corridas de 400-800 m. provas de natação de 100-
FRANCISCO JOAQUIM DE SOUSA JÚNIOR - 05 de Agosto de 2011. Anápolis - Goiás - Brasil.